Manuel Monteiro

Manuel Monteiro

terça-feira, 27 de março de 2012

Notícias sobre Manoel Monteiro em Armamar

Jornal local de Armamar anuncia o falecimento do artista.


Manoel Monteiro e Olivinha Carvalho





"Cantora de músicas portuguesas, foi uma das mais conhecidas nas décadas de 1940 a 1960. Olivinha Carvalho, na verdade, é carioca da gema, nasceu em 30/3/1930, filha de pais portugueses.
     Seu pai, o sr. Antônio de Carvalho, foi cantor de rádio, mas logo abandonou a carreira; a mamãe, D. Zulmira fez rádio-teatro e a irmã, Idalina, chegou a ser cantora, mas depois, seguiu a profissão de costureira.
     Olivinha iniciou sua carreira artística aos cinco anos de idade, no programa Heraldo Português, na Rádio Cajuti, do Rio de Janeiro. Aos seis foi para São paulo, contratada pelo teatro Boa Vista e pela Rádio Cosmos. Aos nove anos, a convite do compositor Braguinha gravou o primeiro disco na Columbia, tendo de um lado o vira Folhas ao vento e do outro lado o fado Evocação, ambos de Antônio Russo e Américo Morais
     Quando fez dez anos, em 1940, foi contratada por Walter Pinto, que estreava como empresário, a menina trabalhou ao lado de Oscarito, Aracy Cortes, Moanoel Vieira e Lurdinha Bittencourt. Em 1944, fez sua estréia no cinema nacional, no filme Pif-Paf. A seguir participou das seguintes películas: Esta é fina (1947), Fogo na canjica (1947) e Eu quero é movimento (1949), dirigidos por Luís de Barros.
     Em 1951 foi para a Rádio Nacional levada por Victor Costa, nesta emissora permaneceu durante 20 anos. Considerada uma das mais alegres cantoras, muito divertida, muito querida entre os colegas, amigos e fãs."

Manoel Monteiro e Saluquia Rentini

A brilhante e querida artista portuguesa e o aplaudido cantor luso - brasileiro juntos.

Vicente Celestino, Manoel Monteiro e Olegário Mariano

Manoel Monteiro ao lado do poeta Olegário Mariano e do grande cantor e compositor da nossa música popular brasileira Vicente Celestino.

sexta-feira, 23 de março de 2012



Lisboa Antiga
A. Vale, J. Galhardo e R. Portela

Lisboa, velha cidade,
Cheia de encanto e beleza!
Sempre a sorrir tão formosa
E no vestir sempre airosa
O branco véu da saudade
Cobre o teu rosto linda princesa!

Olhai senhores, esta Lisboa d´outras eras
Dos cinco réis, das esperas e das toiradas reais!
Das festas, das seculares processões
Dos populares pregões matinais que já não voltam mais!

Lisboa, velha cidade,
Cheia de encantos e beleza!
Sempre a sorrir tão formosa
E no vestir sempre airosa
O branco véu da saudade
Cobre o teu rosto linda princesa!

Olhai senhores, esta Lisboa d´outras eras
Dos cinco réis, das esperas e das toiradas reais!
Das festas, das seculares processões
Dos populares pregões matinais que já não voltam mais!

Os Fadistas Manuel Taveira, Maria José Villar e Manuel Monteiro

O Grande Fadista Manuel Taveira foi um grande parceiro e amigo de Manuel Monteiro.

O encontro dos fadistas no Restaurante "A Lisboeta".

Divulgação da apresentação dos Fadistas Manoel Monteiro e Manuel Taveira no Teatro Paramount

Manoel Monteiro e o amigo Roberto Carlos

Na época Manoel Monteiro já chamava Roberto Carlos de "Rei" e dizia que ele seria um dos maiores cantores do Brasil.

quarta-feira, 21 de março de 2012

terça-feira, 20 de março de 2012


Manoel Monteiro atuou como ator e coreógrafo na montagem de 1948 do filme Inconfidência Mineira

Inconfidência Mineira é um filme brasileiro de 1948, dirigido por Carmen Santos e escrito por ela e por Humberto Mauro, baseados em história de Henrique Pongetti.

Sinopse:
Trata-se de uma versão histórica dos acontecimentos que, na Vila Rica do século XVIII, levaram o alferes Joaquim José da Silva Xavier à morte na forca pela participação no movimento que ficou conhecido por Inconfidência (ou Conjuração) Mineira.

Esse projeto foi iniciado por Carmen Santos em 1937, apesar deter começado a filmar em 1941, só conseguiu terminar as gravações e a edição em 1948.

Curiosidades:
O trabalho de 11 anos redundou em fracasso de bilheteria e à falência de sua produtora, que foi vendida da década seguinte.

Produção: Brasil Vita Filmes (Brasil)
As Realização: Manoel Rocha
Argumento: Henrique Pongetti
Texto: Autos da Devasa
Planif, Seq: Humberto Mauro e Carmen Santos
Fotografia: Edgar Brasil
Op Imagem: Rui Santos
Direc de Som: Vitor Barros
Música: Francisco Braga
Coreografia: Manoel Monteiro
Montagem: Watson Macedo
Produção Executiva: Carmen Santos
Intépretes: Rodolfo Mayer, Carmen Santos, Roberto Lupo, Osvaldo Loureiro, Augusto R. Chaves, Antônia Marzullo, Luiza B. leite, Paulo Porto, Célia Maria, Alexandre Alencastro, Alvoro Souza, Anselmo Duarte, Antonio Laio, Armando Louzada, Ataíde Ribeiro, bandeira Melo, Benjamin Oliveira. Drumond Filho, Brandão Filho, Caetano Junior, Fialho Almeida, Floriano Faissal, Frederico Rosa, Graça Melo, Jorge Dória, Jota Silveira, Leonardo Jorge, Mafra Filho, Manoel Monteiro, Manoel Rocha, Nelso Oliver, Osvaldo Louzada, Pedro Dias, restier Junior, Roberto Acacio, Vitor Dromond e Sado Cabral. 
Carmen Santos


Jorge Dória



Luzia Barreto Leite


segunda-feira, 19 de março de 2012

Olé Carmen (O. Santiago e P. Barbosa)


Oh Carmen Carmenzita
Morena tão bonita
És linda espanhola
Tua voz tem o som da castanhola

Quando passas pela rua
Gritam logo vozes mil
És chegado a tua vez, olé!
Espanhola do Brasil

Oh Carmen Carmenzita
Morena tão bonita
És linda espanhola
Tua voz tem o som da castanhola

Anda luz a Carioca
Perfumada como a flor
São palavras que se ouvem, olé!
Espanhola do amor

Esta delicosa marchinha foi escrita especialmente para Carmen Miranda e Monteiro a gravou com muita graça. Disco Odeon - 1936


Fernando Pinto
Entrevista com o sobrinho do cantor Manuel Monteiro

Fernando Pinto, filho de Alberto Coelho e de Maria Trindade Monteiro, sobrinho do cantor Manuel Monteiro, é funcionário público, mas também leva a música como profissão.

Segue entrevista que ele deu para o blogue da competente jornalista Thais Matarazzo:


Dizem que a música é como a alimentação, tanto um como o outro depende do hábito e é algo essencial, sem o qual não se vive. Assim também acontece com Fernando Pinto, 59, bandolinista e sobrinho do saudoso cantor Manoel Monteiro.
Todo esse amor pela música não vem só pelo lado de seu tio, o pai de Fernando era músico e influenciou a família toda. Atualmente, reside na cidade do Porto, não sobrevive da música, é funcionário público, toca por amor a arte.
Nessa entrevista ela rememora seu tio, conta curiosidades sobre sua carreira e sobre eu torrão natal, Cimbres. Vamos lá...

 Quando começou a tocar?
Fernando: Iniciei os primeiros passos musicais em bandolim, aos 9 anos de idade, anos depois acompanhei o fado de Coimbra tocando guitarra e a seguir regressei ao bandolim, que adoro até hoje.

Quem o incentivou a ter amor a música?
Fernando: Há um ditado popular português que diz: “Quem sai aos seus não degenera”, e eu não fugi à regra. Tive como mestre meu saudoso pai, que tocava muito bem violino.

Tem um conjunto com o qual se apresenta em Portugal?
Fernando: Sim. Como solista principal. Faço parte de um grupo musical intituladoOfcina de Música, que tem como objetivo a divulgação da música popular portuguesa com arranjos próprios.

Tem algum trabalho gravado em CD?
Fernando: Sim. Dois Cd’s de origem amadora, um de música popular portuguesa e outro de música italiana, em duo intitulado L’Pierinos, com esta música participo em restaurantes italianos, aniversários, casamentos e outros eventos.

Costuma apresentar-se com frequência?
Fernando: Com a Oficina de Música, de vez em quando em espetáculos beneficentes, sem fins lucrativos, pelo amor a música e também para acalentar os corações das pessoas mais idosas.

Seu tio, Manoel Monteiro, foi um cantor muito conhecido no Brasil, você o conheceu pessoalmente?
Fernando: Fico muito triste por o não ter conhecido pessoalmente. No entanto, guardo imensas recordações dele. Foi sempre muito amigo e carinhoso com minha mãe, sua irmão, e também com o restante da família. Enviava-me com freqüência sacos com vestuário e muitas outras coisas. Quando soube que em nossa casa tocávamos música, enviou-me um acordeon para a orquestra ficar mais completa.

Na sua família alguém mais tocava algum instrumento musical?
Fernando: Na época em que vivi com os meus pais, todos lá em casa eram músicos, meu pai formou o primeiro conjunto musical cimbrensse. Eu tocava bandolim, as minhas irmãs bateria, meu pai violino, minha mãe ferrinhos e cantava. Tocávamos em todas as festividades de Cimbres e arredores.

Sua casa tem muitos instrumentos musicais?
Fernando: Minha casa é um conservatório de música, entre bandolins, guitarras, banjos, violino, acordeon e bateria, tenho 15 instrumentos.

Qual seu ritmo preferido de música?
Fernando: Gosto imenso da música popular portuguesa, mas também adoro a brasileira e de expressão ibérica.

Tem alguma lembrança agradável de alguma apresentação musical?
Fernando: Sim, entre várias há uma que me tocou imenso. Em plena atuação da Oficina de Música foi anunciado que iria tocar a canção  O meu barquinho, de Manoel Monteiro, meu tio, e que entre os músicos estava o sobrinho dele, Fernando Pinto. No final do espetáculo uma senhora aproximou-se de mim e me disse: “Seu tio não morreu ele está entre nós, muitos parabéns!”, eu fiquei muito feliz.

Uma recordação engraçada?
Fernando: L’Pierinos somos um duo a tocar música italiana em restaurantes. Estávamos tocando para um casal, dada altura senti que me tocaram nas cordas, fiquei um pouco chateado, qando cheguei em casa a arrumar o instrumento verifiquei que dentro do bandolim estava uma nota de 20€ (vinte euros).


Em 1992, J. Gonçalves Monteiro, lançou um livro sobre a vida e a obra de Manuel Monteiro.

"Foi uma indescritível satisfação e gozo espiritual que compilei e escrevi esta resumida biografia de Manuel Monteiro, há muito anunciada. Edição familiar, apenas teve duas finalidades: enriquecer a cultura e a escassa bio-bibliografia de Armamar, e homenagear um dos seus filhos mais ilustres que o conselho e o país se esqueceram de fazer em vida".

J.Gonçalves Monteiro

Manuel Monteiro e Francisco José

Manuel Monteiro e Carmen Miranda

Uma das útimas fotos de Carmen Miranda na sua última visita ao Brasil, na altura em que lhe foi oferecida em sua residência uma "Noite Portuguesa" por Manuel Monteiro.


Manuel Monteiro e Moraes Moreira juntos em Portugal

Manuel Monteiro faz show em Portugal levando consigo seu amigo Moreira da Silva, apresenta-se em cidades portuguesas como Lisboa, Porto e Coimbra.



Salada Portuguesa "Caninha Verde"
(Vicente Paiva e Paulo Barbosa)


A minha caninha verde já chegou de Portugal
A minha caninha verde já chegou de Portugal
Vamos todos, minha gente, festejar o carnaval
Vamos todos, minha gente, festejar o carnaval

Vai Manoel mais a Maria
Nos três dias de folia
Pierrot e Colombina
Vai João e negra Mina...

 
A minha caninha verde já chegou de Portugal
A minha caninha verde já chegou de Portugal
Vamos todos, minha gente, festejar o carnaval
Vamos todos, minha gente, festejar o carnaval

O vovô já me dizia
No Brasil há alegria
Desde o tempo de Cabral
Que existe o carnaval...

Marcha do ano de 1935

Santa Cruz


Santa Cruz

Santa Cruz, abençoada, és o símbolo de Jesus
E da minha pátria amada
És a luz, a luz de Deus
Que a terra inteira conduz, que abençoa lá dos céus

Sobre a tua imagem, que encerra amor profundo
Nobre povo de coragem, deu novos mundos ao mundo
Povo que encerra na historia feito mil
Descobriu a minha mais linda terra esse gigante Brasil

Cruz sagrada, diz a história,
Que as naves da gente ousada conduziste a glória
Nesse céu da cor de anil
Espelhas o brilho teu pela imensidão do Brasil

Símbolo divinal, de dois povos duma só gente
Brasil e Portugal viverão eternamente
Tão explendor, já esta perpetuado
No alto do corcovado pelo Cristo Redentor


Irene, Bibi Ferreira e Manuel Monteiro

Manuel Monteiro e Silvio Caldas

Familia


A irmã Fernanda, Manuel Monteiro, a mãe Carlota e irmã Maria - 1936 (Rio de Janeiro)



A irmã Maria, Irmã Fernanda e a mãe Carlota


Aontônio dos Santos Monteiro - Pai de Manuel Monteiro


Manuel Monteiro e a mãe Dª Carlota dos Santos Trindade Monteiro -
A foto foi tirada em 1936 no Rio de Janeiro.


Obra

Amores da aldeia (c/ L. Gouveia)
Meu missal (c/ D, Santos)

Discografia


  • (1959) O meu barquinho/Colete encarnado • Todamérica • 78
  • (1955) Chaile e lenço/Zé Ninguém • Todamérica • 78
  • (1955) Na minha aldeia/Fado das trincheiras • Todamérica • 78
  • (1955) Maria morena/Nem às paredes confesso • Todamérica • 78
  • (1954) Foi Deus/Perdida • Todamérica • 78
  • (1953) Uma casa portuguesa/Madragoa • Todamérica • 78
  • (1953) Rosinha dos Limões/Mariana • Todamérica • 78
  • (1953) Sebastião come tudo (Dança portuguesa)/Olha a mala • Todamérica • 78
  • (1953) Sinal-da-cruz/Maria Rosa • Todamérica • 78
  • (1952) Acreditei/Confissão • Todamérica • 78
  • (1951) Porque te persigo/Duas cartas • Todamérica • 78
  • (1951) Cantiga da rua/Baião em Portugal • Todamérica • 78
  • (1950) Uma porta, uma janela/Rosas de Portugal • Odeon • 78
  • (1949) Chorando baixinho/Serões da aldeia • Odeon • 78
  • (1945) Pátria distante/Barquinhos... saudades • Odeon • 78
  • (1944) Tudo pode acontecer/Vira, vira Maria! • Odeon • 78
  • (1943) Canção das descobertas/Lisboa antiga • Odeon • 78
  • (1943) Rosa Maria/Fado do Povo • Odeon • 78
  • (1943) Outra valsa pra vocês/Prêmio da vitória • Odeon • 78
  • (1942) Cruz da saudade/Maria... não quer • Odeon • 78
  • (1942) O nome dela é Maria/Assim é a vida, valsa • Odeon • 78
  • (1941) Marinheiros/Saudades • Odeon • 78
  • (1941) Cimbres/Fado Manoel Monteiro • Odeon • 78
  • (1941) Gente sã/Colete encarnado • Odeon • 78
  • (1941) Terra santa/A nossa canção • Odeon • 78
  • (1941) Aurora do Brasil/Quando o bonde vai • Odeon • 78
  • (1940) Serões d'aldeia/Rosas de Portugal • Odeon • 78
  • (1940) Vira das ceifas/Até o mundo dança • Odeon • 78
  • (1940) O mundo português/João-ninguém • Odeon • 78
  • (1940) Glória a Portugal/Procura por aí • Odeon • 78
  • (1940) Quinze de maio/Perdoa mãezinha • Odeon • 78
  • (1940) Maria do Bosque/Pra que viver triste? • Odeon • 78
  • (1939) Fado do marinheiro/Vida da minha vida • Odeon • 78
  • (1939) Casinha modesta/Cartão-postal • Odeon • 78
  • (1939) Sete mares/Todo mundo assim cantou • Odeon • 78
  • (1939) O meu barquinho/Alma toureira • Odeon • 78
  • (1939) Amores de estudante/A baratinha • Odeon • 78
  • (1938) Cantando espalharei por toda parte/Oração ao sol • Odeon • 78
  • (1938) Beijos de mãe/A igrejinha da minha aldeia • Odeon • 78
  • (1938) Terra americana/Não vale a pena • Odeon • 78
  • (1937) Lisboa antiga/Fado triste • Odeon • 78
  • (1937) Alcachofras de São João/Fado Manoel Monteiro • Odeon • 78
  • (1937) Salve Portugal/Amores da aldeia • Odeon • 78
  • (1937) Eu sou turista/Nos calos não me pise! • Odeon • 78
  • (1936) Cachopa do meu cismar/Caravela da saudade • Odeon • 78
  • (1936) Aldeia pequenina/Zé Maria • Odeon • 78
  • (1936) Portugal-Brasil/Meu missal • Odeon • 78
  • (1936) Amei uma cachopa/Chora..., chora • Victor • 78
  • (1935) Uma porta, uma janela/Chorando baixinho • Odeon • 78
  • (1935) Guitarras de Portugal/Não desdenhes • Odeon • 78
  • (1935) Ditosa pátria/Louquinho por ti • Odeon • 78
  • (1935) João, João, João/Balãozinho multicor • Odeon • 78
  • (1935) Minha terra/Descoberta do Brasil • Odeon • 78
  • (1935) Serenata/Fado do Pascoal • Odeon • 78
  • (1935) Deus/Lencinho de lágrimas • Odeon • 78
  • (1935) Olé Carmen/Sou da folia • Odeon • 78
  • (1934) Corações de Portugal/Amor de um filho • Odeon • 78
  • (1934) Minha mãezinha/Portugal pequenino • Odeon • 78
  • (1934) Perjura/Ceifeira • Odeon • 78
  • (1934) Troca de beijos/Fé no fado • Odeon • 78
  • (1934) O filho da velhinha/Beijos • Odeon • 78
  • (1934) Sentimento de fado/Odisséia de criança • Odeon • 78
  • (1934) Salada portuguesa/Moreninha do Rancho • Odeon • 78
  • (1933) O teu olhar/O último fado • Odeon • 78
  • (1933) Marcha das rosas/Chora a cantar • 11.015 • 78
  • (1933) Santa Cruz/Minha bandeira • 11.040 • 78
  • (1933) Rosas divinais/Fado do destino • Odeon • 78
  • (1933) Rio de Janeiro/O canto do ceguinho • Odeon • 78
  • (1933) Carta à minha mãezinha/Fado Brasil • Odeon • 78
  • (1933) A morte da ceguinha/Paixão • Odeon • 78
  • (1933) Heroísmo de bombeiro/Saudades de Portugal • Odeon • 78
  • (1933) Meu Portugal/Altar do amor • Odeon • 78

Dados Artísticos

Iniciou sua atividade artística em 1933, quando se apresentou no "Programa Luso-Brasileiro" da Rádio Educadora do Brasil. Na época, as rádios mantinham programas específicos de música portuguesa, para atender à demanda da numerosa colônia que emigrou para o Brasil. Neste mesmo ano, estreou em disco, registrando na Odeon os fados "O teu olhar" e "O último fado", ambos compostos po Carlos Campos. Em seguida, gravou a "Marcha das rosas" e a canção "Chora a cantar", de motivo popular.

Teve seu primeiro grande sucesso, com a gravação do fado "Santa Cruz", de Caramés e Domingos Santos, registrado em seu terceiro disco.

Em seu repertório, destacavam-se gêneros portugueses como fados, viras e marchas, tendo gravado também obras de autores brasileiros, principalmente do gênero carnavalesco. Em 1935, lançou com grande sucesso a marcha "Salada portuguesa", de Vicente Paiva e Paulo Barbosa, que se tornaria conhecida com o título de "Caninha-verde", mencionado no texto da música. Esta marcha foi por ele apresentada no filme "Alô, alô, Brasil", de Wallace Downey, João de Barro e Alberto Ribeiro. Ainda neste ano, gravou as marchas "João, João, João", de Paulo Barbosa, "Balãozinho multicor", de Paulo Barbosa e Luís Lamego, "Olé, Carmen", de Osvalo Santiago e Paulo Barbosa, feita em homenagem a Carmen Miranda e "Sou da folia", de Paulo Barbosa e Luiiz Lamego. Em 1936, gravou as marchas "Caravela da saudade", de Carlos Campos e Ruben Gill, "Amei uma cachopa", de Max Bulhôes e Milton de Oliveira e "Chora...chora", de José Maria de Abreu. Gravou, no ano seguinte, da dupla Paulo Barbosa e Osvaldo Santiago as marchas "Eu sou turista" e "Nos calos não me pise!".

Em 1939, apresentou-se em Portugal, nas cidades de Lisboa, Porto e Coimbra, acompanhado de Moreira da Silva. Nesse ano, gravou a canção "Casinha modesta", de Kid Pepe, Paulo Actis e David Nasser, as marchas "Cartão postal", "Todo mundo assim cantou" e "Amores de estudante", de Kid Pepe e Germano Augusto e o vira "Sete mares", de Kid Pepe e David Nasser. Em 1940, gravou acompanhado de Antenógenes Silva ao acordeom os viras "Até o mundo dança", de Antenógenes Silva e Ernâni Campos e o "Vira das ceifas", de Ernesto Pereira e Jaime Andrade. Em seguida, gravou as marchas "Aurora do Brasil", de Roberto Martins e Osvaldo Santiago e "Quando o bonde vai", de Roberto Martins, Osvaldo Santiago e Paulo Barbosa.

Em 1948, atuou como ator e foi responsável pela coreografia do filme "Inconfidência mineira", dirigido por Carmen Santos. Em 1949, foi homenageado pela classe artística com um evento realizado no Teatro Carlos Gomes, por ter sido o primeiro cantor português a fazer sucesso no Brasil, abrindo assim o caminho para que outros artistas portugueses pudessem também se projetar e gravar discos no Brasil. Em 1951, transferiu-se para a gravadora Todamérica e estreou com os frevos-canção "Porque te persigo", de René Bittencourt e "Duas cartas", de Fernando Freitas e Luiz Gouveia. Em 1955, em seu penúltimo disco gravou o clássico fado "Nem às paredes confesso". Sua discografia em 78 rpm consta de 65 discos, perfazendo um total de 127 músicas gravadas.

Biografia

Cantor.

Veio com o pai para o Brasil em 1923, aos 14 anos de idade. Dois anos mais tarde, seu pai regressou a Portugal, e ele passou a viver sozinho na cidade do Rio de Janeiro. Empregou-se no comércio, trabalhando como caixa. Ingressou na escola de balé, onde estudou sob a orientação de Maria Olenewa. Em 1927, passou a integrar o corpo de balé do Teatro Municipal, onde se manteve até 1930, quando foi proibido de dançar devido a problemas cardíacos.

domingo, 18 de março de 2012

Fado do Ceguinho

Pelas ruas da cidade implorando a caridade
No seu tristonho cardil
Andava um pobre ceguinho, guiado pelo netinho
Cantando um fado a sorrir


E sempre sempre contente
Sempre a rir pra toda gente
Dizia alegre o ceguinho
E me importa a luz dos olhos
Se me livram dos escoros
Os olhos do meu netinho

Mas o destino cruel
Encheu um dia de fé o coração desse santo
E olho ... sem dó
Deixando tristes no dó
Seus olhos rasos de brando

Hoje todos lhe dão esmola
Mas nada ao pobre consola, falta lhe o seu lindo...

E só se encontra o ceguinho
Chamando pelo netinho
Cantando o fado a chorar

Manuel Monteiro e Amália Rodrigues

Dois grande nomes da música portuguesa juntos!


Alô Alô Brasil

Manuel Monteiro participou do filme "Alô Alô Brasil" de João de Barro e Wallace Downwy interpretando a marcha carnavalesca Salada Portuguesa (Caninha Verde) de Vicente de Paiva e Paulo Barbosa. O filme conta com um elenco de grandes artistas da época como Carmen Miranda, Aurora Miranda, Ary Barroso, Dircinha Batista, Aloysio de Oliveira, Silvio Caldas, Custódio Mesquita, dentre outros.






Título Original: Alô, Alô, Brasil
Ano/País/Gênero/Duração: 1935 / Brasil / Comédia Musical / 78min
Direção: João de Barro e Wallace Downey
Produção: Wallace Downey e Adhemar Gonzaga
Roteiro: Alberto Ribeiro e João de Barro
Fotografia: Edgar Brasil

Elenco

Almirante      
Francisco Alves      

Apolo Correia
Ary Barroso      
Adhemar Gonzaga      
Afonso Stuart
Aurora Miranda
Arnaldo Pascuma
Barbosa Júnior
Cavalo Marinho  
César Ladeira  
Chico  
Carmen Miranda
Custódio Mesquita  
Dircinha Batista      
Domingos Pececi
Elisa Coelho de Almeida
Heriberto Muraro
Ivan Lopes  
Jorge Murad      
Mário Reis
Manoel Monteiro      
Manoelino Teixeira
Mesquitinha
Mineiro
Nina Marina
Simão Boutman      
Sílvio Caldas      
Virgínia Lane       

Bando da Lua   

Ivo Astolphi        
Aloysio De Oliveira        
Oswaldo de Moraes Eboli        
Hélio Jordão       
Afonso Osório      
Armando Osório       
Stênio Osório       

Sinopse

Apesar de ser um veículo para diversos músicos brasileiros cantarem,o filme apresenta um roteiro básico de dois empresários fajutos tentando vendr um show para um cassino.

Curiosidades

- O mais antigo filme brasileiro falado.
- São apresentadas 22 músicas populares.
- As letras das músicas apresentadas são extremamente maliciosas.
- Carmen Miranda canta "Primavera no Rio".
- Não há nenhuma cópia deste filme.

sábado, 17 de março de 2012

Fado Manuel Monteiro




Este fado foi escrito especialmente para Manuel Monteiro, os autores Antônio Ferreira e Gonçalves Dias foram felizes ao comporem-no. Gravação em disco Odeon - 1937


Fado Manuel Monteiro
(Letra: Luciana Marques e Música: A Ferreira e G Dias)

Sou português e grito ao mundo inteiro
Filho de gente humilde mas honrada
E se adoro o Brasil hospitaleiro
Jamais esquecerei a pátria amada


Brasil e Portugal tragos no peito
Unidos pela amizade e pela história
Se devo a Portugal o meu respeito
Ao Brasil devo toda a minha glória


Sinto pela minha pátria devoção
Mas amo tanto a pátria brasileira
E chego a não saber se o coração
Amar segunda mais do que a primeira


E por ser do Brasil um grande amigo
Sou brasileiro e afirmo muitas vezes
E sinto orgulho igual de quando digo
Nasci em Portugal sou português


Portugal é o meu torrão natal
A pátria mãe de heróis e de guerreiros
Mas se o Brasil nasceu de Portugal
Eu sou portanto irmão dos brasileiros