Manuel Monteiro

Manuel Monteiro

segunda-feira, 19 de março de 2012


Dados Artísticos

Iniciou sua atividade artística em 1933, quando se apresentou no "Programa Luso-Brasileiro" da Rádio Educadora do Brasil. Na época, as rádios mantinham programas específicos de música portuguesa, para atender à demanda da numerosa colônia que emigrou para o Brasil. Neste mesmo ano, estreou em disco, registrando na Odeon os fados "O teu olhar" e "O último fado", ambos compostos po Carlos Campos. Em seguida, gravou a "Marcha das rosas" e a canção "Chora a cantar", de motivo popular.

Teve seu primeiro grande sucesso, com a gravação do fado "Santa Cruz", de Caramés e Domingos Santos, registrado em seu terceiro disco.

Em seu repertório, destacavam-se gêneros portugueses como fados, viras e marchas, tendo gravado também obras de autores brasileiros, principalmente do gênero carnavalesco. Em 1935, lançou com grande sucesso a marcha "Salada portuguesa", de Vicente Paiva e Paulo Barbosa, que se tornaria conhecida com o título de "Caninha-verde", mencionado no texto da música. Esta marcha foi por ele apresentada no filme "Alô, alô, Brasil", de Wallace Downey, João de Barro e Alberto Ribeiro. Ainda neste ano, gravou as marchas "João, João, João", de Paulo Barbosa, "Balãozinho multicor", de Paulo Barbosa e Luís Lamego, "Olé, Carmen", de Osvalo Santiago e Paulo Barbosa, feita em homenagem a Carmen Miranda e "Sou da folia", de Paulo Barbosa e Luiiz Lamego. Em 1936, gravou as marchas "Caravela da saudade", de Carlos Campos e Ruben Gill, "Amei uma cachopa", de Max Bulhôes e Milton de Oliveira e "Chora...chora", de José Maria de Abreu. Gravou, no ano seguinte, da dupla Paulo Barbosa e Osvaldo Santiago as marchas "Eu sou turista" e "Nos calos não me pise!".

Em 1939, apresentou-se em Portugal, nas cidades de Lisboa, Porto e Coimbra, acompanhado de Moreira da Silva. Nesse ano, gravou a canção "Casinha modesta", de Kid Pepe, Paulo Actis e David Nasser, as marchas "Cartão postal", "Todo mundo assim cantou" e "Amores de estudante", de Kid Pepe e Germano Augusto e o vira "Sete mares", de Kid Pepe e David Nasser. Em 1940, gravou acompanhado de Antenógenes Silva ao acordeom os viras "Até o mundo dança", de Antenógenes Silva e Ernâni Campos e o "Vira das ceifas", de Ernesto Pereira e Jaime Andrade. Em seguida, gravou as marchas "Aurora do Brasil", de Roberto Martins e Osvaldo Santiago e "Quando o bonde vai", de Roberto Martins, Osvaldo Santiago e Paulo Barbosa.

Em 1948, atuou como ator e foi responsável pela coreografia do filme "Inconfidência mineira", dirigido por Carmen Santos. Em 1949, foi homenageado pela classe artística com um evento realizado no Teatro Carlos Gomes, por ter sido o primeiro cantor português a fazer sucesso no Brasil, abrindo assim o caminho para que outros artistas portugueses pudessem também se projetar e gravar discos no Brasil. Em 1951, transferiu-se para a gravadora Todamérica e estreou com os frevos-canção "Porque te persigo", de René Bittencourt e "Duas cartas", de Fernando Freitas e Luiz Gouveia. Em 1955, em seu penúltimo disco gravou o clássico fado "Nem às paredes confesso". Sua discografia em 78 rpm consta de 65 discos, perfazendo um total de 127 músicas gravadas.

Biografia

Cantor.

Veio com o pai para o Brasil em 1923, aos 14 anos de idade. Dois anos mais tarde, seu pai regressou a Portugal, e ele passou a viver sozinho na cidade do Rio de Janeiro. Empregou-se no comércio, trabalhando como caixa. Ingressou na escola de balé, onde estudou sob a orientação de Maria Olenewa. Em 1927, passou a integrar o corpo de balé do Teatro Municipal, onde se manteve até 1930, quando foi proibido de dançar devido a problemas cardíacos.

2 comentários:

  1. A biografia não tem as datas de nascimento e morte.

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  2. Para complementar a Biografia deveria tera as datas de nascimento e morte do cantor.

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